Mais de 70 pessoas participaram de um evento no último sábado (4) no auditório da Unimed Ji-Paraná para celebrar o Dia Mundial do Meio Ambiente. Os colaboradores da Unimed organizaram um encontro para ajudar a resolver alguns dos principais desafios urbanos, entre eles a destinação dos resíduos sólidos, a conscientização das comunidades sobre coleta seletiva e o papel dos catadores nesse processo.
Foram convidados representantes da Secretaria Municipal de Agricultura e Meio Ambiente (Semagri) e do Movimento dos Catadores de Materiais Recicláveis. De acordo com Ivanir Martins, uma das organizadoras, a ideia é que este seja um ponto de partida para que os colaboradores adotem novos hábitos, que podem provocar uma grande transformação.
De acordo com Carlos Barbosa, fiscal Ambiental da Semagri, apesar de não haver ainda um movimento organizado dos catadores, em 2010, foram reciclados 22 mil toneladas de lixo em Ji-Paraná. Hoje, sem uma estrutura própria, esse lixo é recolhido nos lixões, em condições degradantes. “Esse intercâmbio de experiências fortalece o diálogo entre as partes e funciona como ponto de partida para vivermos num mundo mais sustentável”, disse.
Mario Mendonça e Celso Luiz, integrantes do Movimento Estadual dos Catadores de Materiais Recicláveis, mostraram para os colaboradores as embalagens que já são fabricadas por indústrias de Ji-Paraná com o material recolhido por eles nos lixões. São mangueiras, frascos de material de limpeza e higiene, sacolas plásticas e retornáveis. Com isso, eles alertaram também para importância da separação e coleta seletiva e como ela é fonte de geração de renda para uma legião de pessoas que tiram seu sustento do lixo.
O Movimento está se organizando para criar uma Cooperativa dos Catadores em Ji-Paraná. A proposta é transformar em renda o que é apenas lixo e sinônimo de poluição ambiental. Antes que isso aconteça, Celso explica que, mesmo sem coleta seletiva, vale a pena fazer a separação do que é jogado fora em casa. Para os catadores, faz toda a diferença encontrar em sacos separados o lixo seco, que pode ser reciclado.
No final do encontro, foram distribuídas 60 mudas de Jatobá, Caju e Cupuaçu doadas pela Semagri.
Fonte: Ascom